segunda-feira, 4 de abril de 2011

Representação esvaziada

O Conselho Universitário da Unicamp encerra graves distorções na repreentação da comunidade universitária. A Deliberação CONSU-A-6/99 definiu que o Conselho Universitário é formado pelo reitor; o vice-reitor; os cinco pró-reitores; os 22 diretores de institutos e faculdades; e o superintendente do Hospital de Clínicas; todos estão são conselheiros natos, ou seja, ocupam um assento no CONSU sem terem sido eleitos para tal. Além destes há cinco representantes da “comunidade externa”, dentre eles um representante da Fiesp. 

Ao todo há no Conselho 30 conselheiros natos, totalizando 38% do total, o suficiente para garantir folgada maioria para as propostas da Reitoria. 

Os conselheiros eleitos pela comunidade universitária são apenas vinte representantes do corpo docente; nove representantes do corpo discente; sete representantes dos servidores não docentes; e dois representantes das demais carreiras docentes. 

O CONSU carrega consigo um pesado entulho autoritário, testemunha de um passado que não pode ser esquecido e do qual ainda não conseguiu se livrar. Assim como os senadores biônicos, os pró-reitores tem direito a voto no Conselho, apesar de não terem sido eleitos para sua função ou para a representação no órgão. Do mesmo modo que a distribuição desproporcional de deputados pelos estados da federação, inexiste no Conselho qualquer paridade ou equilíbrio na representação das diferentes categorias. 

A ampliação do CONSU e da representação eleita diretamente pela comunidade universitária é o primeiro passo para a democratização desse órgão.


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